compreensão inerente
fala estática
desmembrados
fálicos pormenores recitados
lucubrando arrastado a concordância
talvez já gastamos demais palavras
outras que sem valor se apagam
vozes empáticas contaminadas
nos apegamos a valores baratos
onde eu termino o seu recomeço
descrimino contrário a tradição
valorizando o lixo
vestígios de estrago
carecemos de intelecto forçado
ratificamos ignorancia nos lábios
ou já nem tarde o bastante
retrucamo-nos
idioticamente forjados
silêncio em abstrato
calemo-nos
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
amanecer
castigo de los necios
paradigma defectuoso
voces ocultas
muestran la mejor manera
partió por la mañana
en la noche es peligroso
hemos visto al abismo
mentiras vulgares
dientes podridos
cólera controlada
aún tenemos tiempo hasta el amanecer
Soñemos despiertos
todo va a mejorar
terça-feira, 27 de setembro de 2011
semi
espasmos controlados
mecanismo de defesa
auto compaixão
amamos pouco nós
sorrimos vagamente
hora após hora
dormentes
ao ponto que nada satisfaça
erramos em pecados sinceros
e fuga aos olhos ardentes
vejo longe tu correr
distante do que um dia fomos
diferença bipolar
entre vulgares segredos
não mais reconheço
quem um dia fomos
em suposto desconforto
jamais seremos outros
mecanismo de defesa
auto compaixão
amamos pouco nós
sorrimos vagamente
hora após hora
dormentes
ao ponto que nada satisfaça
erramos em pecados sinceros
e fuga aos olhos ardentes
vejo longe tu correr
distante do que um dia fomos
diferença bipolar
entre vulgares segredos
não mais reconheço
quem um dia fomos
em suposto desconforto
jamais seremos outros
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
auto
salvo a compreensão
carecemos entendimentos forjados
havendo espaço em tempo pouco
adrede que chora em peito manso
ao paradoxo mais que imperfeito
inferimos maus agouros
fora garganta que sangra e arde
coro em vozes execradas
fazemos impróprio o veneno
das horas antecedentes ao fracasso
movendo-nos relapsos desencontros
negamos as mãos maculadas
castigamos em cama
sentimentos enzimáticos
saimos passo a passo
de finório matreiro
já demais saciados
de tantas lembranças fuleiras
cansamo-nos aos prantos
cansamo-nos
carecemos entendimentos forjados
havendo espaço em tempo pouco
adrede que chora em peito manso
ao paradoxo mais que imperfeito
inferimos maus agouros
fora garganta que sangra e arde
coro em vozes execradas
fazemos impróprio o veneno
das horas antecedentes ao fracasso
movendo-nos relapsos desencontros
negamos as mãos maculadas
castigamos em cama
sentimentos enzimáticos
saimos passo a passo
de finório matreiro
já demais saciados
de tantas lembranças fuleiras
cansamo-nos aos prantos
cansamo-nos
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Boca
inexorável controversa ilusão
fulguramos amores pequenos
esgrafiado pregador do ódio
a boca que cospe amarguras
mesma de doces solfejos
rasga morde em frios dentes
úvidos lábios complacentes
resiliêntes movimentos profanos
esgana em sangue garganta lingua
angústia de fato
em que momento qualquer estático
o mal desinibido acalma a face
voltamos então a sorrir
fulguramos amores pequenos
esgrafiado pregador do ódio
a boca que cospe amarguras
mesma de doces solfejos
rasga morde em frios dentes
úvidos lábios complacentes
resiliêntes movimentos profanos
esgana em sangue garganta lingua
angústia de fato
em que momento qualquer estático
o mal desinibido acalma a face
voltamos então a sorrir
palavras
passos pequenos mãos dadas
direção contrária em certos lamentos
amamos fracos em peito fechado
o corpo resguarda o veneno
sofrimento pouco universo interno
chagas entalhadas em sílabas frágeis
poucas palavras de remorso esmero
calamos boca a boca a mágoa
volta a vezes em desespero
casa que abrigo não foste antes
sigamos embora a hora outra
já tarde calamos as frases tortas
erro ao dizer ausente de certeza
amo-te hoje ainda um pouco
direção contrária em certos lamentos
amamos fracos em peito fechado
o corpo resguarda o veneno
sofrimento pouco universo interno
chagas entalhadas em sílabas frágeis
poucas palavras de remorso esmero
calamos boca a boca a mágoa
volta a vezes em desespero
casa que abrigo não foste antes
sigamos embora a hora outra
já tarde calamos as frases tortas
erro ao dizer ausente de certeza
amo-te hoje ainda um pouco
sábado, 3 de setembro de 2011
afago
certos de congruentes estruturas
abjuramos amores estagnados
maldizendo secretos afagos
perto de nada a temer
trememos até ponta ossos fracos
atónitos respaldos movimentos
canso eu andar tempo falha
prazer em esperar a verdade
ereção lacônica ao afago
presumo poucos favores brandos
molestaremos outros uns
frisa-me em pele tua
amansa dor em palavras poucas
suficiente regozijo brindaríamos
sorrindo pasmos de aborto
morrendo em misantropo recomeço
e no fim ao medo sucumbir
abjuramos amores estagnados
maldizendo secretos afagos
perto de nada a temer
trememos até ponta ossos fracos
atónitos respaldos movimentos
canso eu andar tempo falha
prazer em esperar a verdade
ereção lacônica ao afago
presumo poucos favores brandos
molestaremos outros uns
frisa-me em pele tua
amansa dor em palavras poucas
suficiente regozijo brindaríamos
sorrindo pasmos de aborto
morrendo em misantropo recomeço
e no fim ao medo sucumbir
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