noite serena noite
dama de preto
que afaga e assombra
conforta os mais profanos
pesadelos meus
segredos soturnos rasteiros
cópula do amor e do medo
noite inquieta noite
dona da sorte incerteza
voz oculta que sussurra o abismo
a queda imprecisa e lunática
transborda de dor e tormenta
e me acolhe em perturbado sossego
com o frio escaldante do escuro
escondendo a sombra nos olhos
me guia por onde me perco
sedutora incansavelmente voraz
me chama me morde me prende
donzela de solidão
beija-me a face
escorre o perigo dos lábios
penetra em minha alma dormente
e depois do gozo me deixa
Nenhum comentário:
Postar um comentário