terça-feira, 11 de outubro de 2011

fumaça

emaranhado de papel
movimentada mente estática
no meio de monte de nada
resguarda vontade obscena 
nem a brasa escaldante
volta aos poucos em poucos
desce a garganta e arde
em cores do inferno e fogo 
qualquer direção que eu vá
não lembro como sair
ando a muito na contramão
direção errada na cama 
ardente fumaça um dois azuis
fumaça que coça e arde
da ponta da base da queima
entre os dedos gelados
transparentes feixes queimados 
voltando vejo seu rosto
de outra vez voltei de novo
do outro lado de fora
chegamos aqui primeiro
não vamos ficar para trás

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