sexta-feira, 1 de junho de 2012

cru


ao que lembraram
a mente estagnou-se
em poças de água e fel
sentiram o cheiro das mentiras
dentes podres e amarelados
correndo perigo
correndo em direção ao abismo
não existe fim do caminho
buscando a salvação desesperada
o inferno é conforto que basta
o que há de comer?
os músculos da face
contentariam com o pouco
restos e pedaços largados de sufoco
cigarros e dedos imundos
catando a merda que esconderam
diante dos olhos famintos
por um pouco de cuidado e lágrimas
esqueceram de como chorar

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