abrigamos aos jornais inúteis
as notícias de alguma felicidade remota
controle e despretensão
falta de proteínas hidrossolúveis
boca a boca respirando
o pouco que resta do ar
cilindros de oxigênio líquido
natureza natimorta morta
porta retratos trancafiados
em frágeis tubos de ensaio
duzentas e cinquenta e seis cores
em sintonia monocromática
onde a primavera se encaixa
engraxamos nossos sapatos
prepotentes e intelectuais
livros e cigarros caros
vaidade em espelhos sobre a mesa
a verdade sangra
mas nossos olhos ainda ostentam
a mesma falta de lágrimas
Ser infeliz no mundo de hoje já é quase normal...Infelizmente.Gostei daqui.
ResponderExcluirum abraço, volto.
obrigado pela leitura e pelo comentário. é muito importante ter essa noção do que pensam sobre o que aqui está escrito. obrigado. volte sempre
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