o céu que de noite acalma
é de inferno infinito de horas
cabeça vazia e aparatos mecânicos
não tem os ossos e deliciosos pedaços
que repetem o ato de dormir
de fecundar camas vazias
falhas vulneráveis
erros aritiméticos
toques de recolher
queimam olhos e travesseiros
apagam as luzes e sonhos perfeitos
murmuram os feromônios
desesperadamente voz
calado
baixo tom de voz que soa
sai de minúsculos orifícios
meticulosamente assimétricos
e jamais encontram
abrigos confortáveis
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