quarta-feira, 3 de outubro de 2012
a desordem dos românticos
uma arma na mão esquerda
a que propósito se diz adeus?
fumaça que cheira transparente
nenhum tom de cinza
onde foi parar a porra do céu?
estamos todos na mesma merda
merda inacabada maldita
a desordem dos românticos
que se exploda em mil pedaços
bum!
que barulho é esse?
deve ser o cachorro
cão que ladra não morde
morre de fome
anda em círculos antes de sentar
gostava tanto de sentar
mas não era o suficiente conforto
que nos deixasse assim
deitados pouca roupa nenhuma luz
queimados os restos espalhados de pano no quintal
sorriamos com um pouco do canto da boca
enquanto os dedos perfurados
acusavam as pobres roseiras
foram tantos os cuidados
demasiados de propósito
sem por que ou com acento
circunflexo convexo
é só o reflexo no espelho
não tem nada mais aqui
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