o roer das unhas estalava pelo quarto escuro
não tinha medo da poeira
dos fungos crescendo incessantemente
a natureza dos atos
os profanos apóstolos em suas caixas de metal
o roer das unhas entranhava na madeira oca
era o aberto da janela e a corrente de ar
calor que sufoca e morde os lábios
em cima de todos os instantes
o alvorecer de nossa ternura
acaba onde o desprezo decide por onde devemos ir
restaram diferentes meios de sobrevivência
um pouco de cuidados e abrigo para os olhos
abstento dos sorrisos mais puros
não carrego comigo o sossego
ainda assim não tenho culpa de nada
nossas mãos eram pequenos detalhes
o mesmo conceito ainda se aplica
estamos todos com medo
posso morrer por ele
podemos matar todos pelo caminho
com nosso orgulho e facões afiados
armas de fogo e munição suficiente
a vida eterna e a desesperada esperança
obriga-nos o acordar cedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário