todos os seus sapatos amaram a prateleira de cima
os anos vulgares ficaram para depois de amanhã
todas as marcas que colecionamos
ainda estão espalhadas pelo carpete
o melhor caminho era sempre para trás
e trouxemos conosco as vontades passageiras
salivando e roendo os ossos até os ossos
a água que mata a sede e a vontade do veneno
a necessidade da vida eterna e eternamente morrer
morrer por dentro de cada pedaço que sobra
somos a sombra do que nos mente o espelho
assistimos as horas passando sorrateiras
ainda que tarde demais
saberíamos nos proteger
sempre escondemos o ato principal
atrás das cortinas vermelhas
não temos ainda muitas escolhas
para que tenhamos nossa vontade de volta
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