o tempo de semear sustenta a natureza morta
do agora os menores pecados de esgoto
sem sombra de dúvidas e frescores pueris
no espelho que finge esconder
as asas que já não mais servem de nada
para amansar a cabeça de curas e remédios
cicatrizar feridas intactas
a todo o custo quanto fosse lamber
implorando a língua em jamais desistir
do desejo de não entender
a sedutora vontade do agouro
em incansavelmente lamber
terça-feira, 30 de setembro de 2014
sábado, 20 de setembro de 2014
o pecado social do discurso
perdi a mim o tempo para elegâncias
nos dedos de marca de giz amarelo
o sorriso nos olhos de quem diz doer
por todos os temores que velo
o amargo do céu amargo da boca amarga
sempre os cantos e reentrâncias a roer
do amor que floresce em cerca elétrica
fruto destilado de doses homeopáticas
era bastante sossego e um pouco de velho
frente à verdade que alarga peitos de ar
nem que pudesse amar e saber amar
dentro das veias que correm estáticas
dissemino o maculado evangelho
de dizer o que não poderia sonhar em dizer
nos dedos de marca de giz amarelo
o sorriso nos olhos de quem diz doer
por todos os temores que velo
o amargo do céu amargo da boca amarga
sempre os cantos e reentrâncias a roer
do amor que floresce em cerca elétrica
fruto destilado de doses homeopáticas
era bastante sossego e um pouco de velho
frente à verdade que alarga peitos de ar
nem que pudesse amar e saber amar
dentro das veias que correm estáticas
dissemino o maculado evangelho
de dizer o que não poderia sonhar em dizer
terça-feira, 9 de setembro de 2014
ante-sala
o ultimo suspiro que ecoa nas ante-salas abandonadas
debaixo das escadas e corrimões engordurados
o doce deslizar dos dedos melados
onde escancara a mera banalidade do acaso
somos a verdade que nos fazemos de qualquer maneira
de maus tratos retratos e andarilhos
maus trapos e pequenos recortes de jornal
amamos os espaços vazios e ensolarados
capacitamos toda a imaculada cordialidade
balbuciando lascivas de nossos anjos caídos
até que finalmente perdemos as asas
debaixo das escadas e corrimões engordurados
o doce deslizar dos dedos melados
onde escancara a mera banalidade do acaso
somos a verdade que nos fazemos de qualquer maneira
de maus tratos retratos e andarilhos
maus trapos e pequenos recortes de jornal
amamos os espaços vazios e ensolarados
capacitamos toda a imaculada cordialidade
balbuciando lascivas de nossos anjos caídos
até que finalmente perdemos as asas
flores carbonizadas
agonizamos no amargor do cansaço seletivo
regozijando as piores aventuranças
florescendo onde o medo repentino
finca raízes e olhares despreocupados
desesperamos os cabelos mais sossego
do ficar eternamente estagnado
onde o poço reproduzem bactérias
somos o lodo que afoga o afogado
regozijando as piores aventuranças
florescendo onde o medo repentino
finca raízes e olhares despreocupados
desesperamos os cabelos mais sossego
do ficar eternamente estagnado
onde o poço reproduzem bactérias
somos o lodo que afoga o afogado
fundamentalismo
o ambiente que nos justifica a paz
a falta que faz a fala de gritos e voz
aprender com erros e acasos atrasados
a hora que passa e finca unhas na pele
sobrevivemos à ignorância perspicaz
saboreamos a compaixão algoz
que nos resta ossos apenas a roer
sem termos os dentes ostentar
debaixo de cobertores e lâmpadas incandescentes
o modo como nos movemos
é fundamental
a falta que faz a fala de gritos e voz
aprender com erros e acasos atrasados
a hora que passa e finca unhas na pele
sobrevivemos à ignorância perspicaz
saboreamos a compaixão algoz
que nos resta ossos apenas a roer
sem termos os dentes ostentar
debaixo de cobertores e lâmpadas incandescentes
o modo como nos movemos
é fundamental
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