tanto tempo posto a esperar sentado
em devaneios descobri
caminhos curtos
diferentes
machuquei-me em teus dedos ásperos
cortes de navalha
supostamente errados
contrário a razão
erramos em escolhas simplórias
o diabo espera-nos
braços abertos
quanto tempo ainda falta
para calarmos bocas outras
insistentes desafetos
monogâmicos pregadores de ódio
fardo bem escondido
encaixotado em dores
fingindo ser um qualquer
semblante
semente de medo e raiva
acolhe e mata
mata de chorar e soluçar e engasga
deixa mãos tuas comigo
encontrarei solidão ao acaso
tentando vez outra sorrir
o mesmo que guardas no rosto
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