ela dança suavemente
enquanto o fogo arde em corações negros
derramando lágrimas
nas mais frias noites
no frio repentino
suportamos demais castigos
estremecidos ossos frágeis
em tristes verdades
das chamas ela surge
e acalma os olhos infelizes
em desejos encarnados
no sangue que escorre
como um pássaro que açoita
virgindade frívola
seu maior desejo
em bandeja de prata
a cabeça de joão batista
toda a poeira escondida
em tapetes de seda
o silêncio dos túmulos gelados
abençoa outras manhãs
glorificando pecados
vaidades imundas
trazidas por mãos astutas
escravas de corpo e carne
das chamas que ardem em pele
enquanto ela dança
exigindo em joelhos e lágrima
servida em bandeja de prata
a cabeça de joão batista
Nenhum comentário:
Postar um comentário