o infimo fio que tece incertezas
menospreza o acaso e incumbe desdenhos
não certamente o enfático ressalvo ao desgosto
era gosto demais para poucos pares de língua
machucado demais e coleções de selos perdidos
o dissabor da íngua e o amargo do choro
as horas perdidas que passavam depressa
o tempo que salva nada em reclame do agouro
o amor de boca pra fora que respira e afoga
que respirar o ar é devaneio imundo
o saboroso humano que mais que tudo respira
faz da boca o algoz ante ao fulguroso mundo
sou de boca do lixo e amor de esgoto
sou de boca à fora e por lá que em for
dormirei em paz
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