alma
de poeta é o caralho
tenho
alma de fumante
de
beber na rua da amargura
sou
de horas perdidas e noites de sono
de
carne e fragrâncias vagabundas
relógio
falsificado pendurado na parede
caindo
aos pedaços
despedaço
eu
já não choro há muito tempo
não
tenho vocação para viciado
nem
amo tanto o trabalho
serei
esquecido quando morrer
e ainda assim não sou lembrado
não
inventei porra nenhuma
escondo
no bolso
tantos
dedos amarelados
reclamando
deliberadamente a fumaça
na
hora de ir para casa
sempre
esqueço o caminho de volta
e não me dou bem com atalhos
sempre
fico um pouco mais
e se for extremamente necessário
eu
durmo na calçada
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