com olhos contaminados
vermelho
cor do manto que nos cega
distanciamos as verdades que acolhemos
estampadas em recortes de jornal
acenamos adeus
nunca mais
não temos lugar para ficar
nossa casa é de rua e noite
gastamos nossos cérebros
brincando de deus
somos feitos de outros
cacos e retratos falados
da boca pra fora
o céu está maravilhoso
os traços foram para sempre
não podemos controlar
morreremos engasgados na moralidade
que não nos deixa
voltar para casa
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