era
um pouco mais de cuidados e horas perdidas
sempre
em frente diziam os envelhecidos
amargamente
em suas camas forradas de jornal
a corja dos ratos começou a sua cantoria
o som dos povos do outro mundo debaixo de nós
o roer estalado estraçalhado dos buracos abertos
as
feridas veias e ossos
a carne corroída
suplica
o perdão do deus subterrâneo
vontade
teríamos de ficar até onde a mão nos guia
lamentar
o medo do tempo
e não ter qualquer coisa de valor
que
nos satisfaça perder
o banquete está servido
não
morreremos de fome nem sede
dependemos
de um conforto lamentável
injetável
o sangue e gosto de ferrugem
nossa
garganta ainda implora um pouco mais
fumaremos
muitos outros cigarros
aprendemos
nossas primeiras palavras
ensaiando
a vida eternamente
prontos
para o incansável
complexo
aparelho
digestório dos vermes
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