somos os mais belos fracassos
de toda a vontade de cair pelas escadas
e nossas cabeças tocam o frio devastador
do que nada de deixarmos para trás
de importante ou do que ser o agora
a realidade de cada insignificante segundo
temos hora marcada com o desespero
e passamos mal dos nervos e trejeitos
construímos nossa formosura arquitetada
em tijolos estraçalhados e impecáveis
somos de natureza morta e cores vibrantes
do pequeno detalhe de marrom enrolado no pulso
que já marcou outras bocas famigeradas
da vontade de dormir mais cedo
não saber de onde acordar
temos o medo da rua e das verdades asfixiantes
e respiramos o ar puro
contaminado pelo próprio desejo
de sermos desejados
e sonharmos em palácios perfeitos
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