segunda-feira, 29 de junho de 2015

aparatos mecânicos

o céu que de noite acalma
é de inferno infinito de horas
cabeça vazia e aparatos mecânicos
não tem os ossos e deliciosos pedaços
que repetem o ato de dormir
de fecundar camas vazias
falhas vulneráveis
erros aritiméticos
toques de recolher
queimam olhos e travesseiros
apagam as luzes e sonhos perfeitos
murmuram os feromônios
desesperadamente voz
calado
baixo tom de voz que soa
sai de minúsculos orifícios
meticulosamente assimétricos
e jamais encontram
abrigos confortáveis

quinta-feira, 25 de junho de 2015

o salvador

o mesmo andar da carruagem
trás e leva o gosto metálico
no céu da boca
nublado e sem chuva
pouco para conhecer
ler mentes vazias e portas abertas
o serviço completo o espanador
na área de serviço
o tempo passa velho de olhos cansados
o estupor trás o acalento aos nervos
espasmos e reflexos voluntários
o amarrar enrolar e o ato de enrolar
e salvar o pouco do servo
servir e virar o que passou
anestesia do anestesiado