segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

para que tanto dormir

faz de mim o fundo onde pisas e encontra chão
que conforto melhor em cobertores de outros
lâmpadas fluorescentes e caminhos acesos
o melhor do dia é o relógio
das horas amargas e tragos infinitos
o que de nós procuramos saída
letreiros e neon
temos um pouco de vontade
e dormir é remédio
sonhar nunca fez bem ao sacrilégio
de fechar os olhos ser o almejo maior
cobrir o rosto e os pés
para que monstro nenhum consiga entrar

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