quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

desculpas esfarrapadas

deixo minha relutância de lado para trocar em segredos, qualquer aparato anestésico que faça sorrir pouco mais eu. vez que tarde avisto tu a distância considerável, olhos cerrados, cansam de ver diferentes formatos de solidão. ao passo que choramos amores outros, perdidos em quantidades significativas de ódio, voltamos passo atrás. cada pós outro. cansado de coisas poucas e singelas desculpas em farrapos, panos e recortes e jornais. se como tu, fosse eu impermeável, insofrível e caloroso, deixar-me-ia respirar pouco mais. significativamente mais. respiro pouco, penso vezes demais. canso e desisto ao primeiro sinal de estrago. tragos homeopáticos discernem pontos de vista embaçados, ofuscados por egoísmo tanto nosso. olho em espelho que tudo diferente fosse de tu, em corpo e voz e vontades. discernimento contrário em razões trocadas a miúde. vestido de dores e castigo, sonho ainda em mentiras nossas e vezes outras em que felicidade acreditamos.



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